Restaurante giratório da Findes vai virar ‘Centro de Inovação’, em Vitória

A proposta foi aprovada por unanimidade pelos conselheiros do Plano Diretor Urbano (PDU) nesta quarta-feira (4).

restaurante giratório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), em Vitória, vai virar um Centro de Inovação. A proposta foi aprovada por unanimidade pelos conselheiros do Plano Diretor Urbano (PDU) nesta quarta-feira (4).

Segundo o Conselho, a intenção é substituir o restaurante por um andar de salas para escritórios compartilhados, conhecidos como coworking, e outro andar de laboratório para projetos digitais.

“A criação desse Centro de Inovação vem ao encontro do fortalecimento da vocação da cidade para as áreas de ciência, inovação e tecnologia”, disse a secretária de Desenvolvimento da Cidade, Lenise Loureiro.

Assim que a decisão for homologada pelo prefeito Luciano Rezende, o processo segue para o setor de aprovação de projetos da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade (Sedec) para análise técnica das plantas.

Nota da Findes

“A Findes esclarece que a solução definitiva da estrutura metálica é um desafio prioritário para a indústria capixaba. A nova diretoria, respaldada por decisão do Conselho de Representantes, analisa projetos que deem à estrutura metálica uma finalidade em consonância com as necessidades do setor industrial e que contribua para o desenvolvimento sustentável do Espírito Santo. Ao término dessa fase, a Federação se pronunciará acerca da conclusão do projeto, com uso de recursos da Findes”.

A novela

O projeto inicial do que seria o restaurante giratório foi anunciado em 2007 e previa a construção de um centro cultural com biblioteca, piano bar, elevador panorâmico, auditório para palestras e debates e capacidade para receber 96 pessoas.

Dez anos depois, ainda não havia previsão de quando ele sairia do papel.

O grande “charme” da obra seria a vista panorâmica de 360° de toda a ilha de Vitória. O piso seria giratório e, a cada hora, daria uma volta completa pelo cenário da capital capixaba.

O anúncio, na época, foi feito pelo então presidente da Findes, Lucas Izoton, com previsão de inauguração para 2008, quando a Federação completou 50 anos. O custo seria de R$ 6 milhões.

Dos R$ 6 milhões que foram orçados, já foram gastos R$ 17 milhões. Em relatório divulgado pela Controladoria Geral da União (CGU), o valor que seria investido para terminar a obra não ficaria por menos de R$ 26 milhões.

Após diversos anúncios de novas datas para entrega, em janeiro de 2016, o atual presidente da Findes, Marcos Guerra, disse que o dinheiro que havia sido aportado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) seria devolvido e que o restaurante giratório não seria mais construído.

Em dezembro de 2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que a Findes, o ex-presidente Lucas Izoton e o atual gestor, Guerra, devolvessem R$ 11,8 milhões ao Sesi.

O valor está sendo pago integralmente pela federação, incluindo as penalidades que havia sido colocadas para seus gestores, divididas em 72 parcelas.

Em nota enviada em junho deste ano, a Findes ressaltou que “o acórdão não apontou nenhum indício de má-fé e que já foram pagos R$ 3 milhões da dívida com o Sesi”.

Quanto à estrutura, a entidade esclarece que foram feitos estudos técnicos que atestam a segurança da armação metálica do Espaço Cultural, que não sofreu deterioração, passa por manutenções periódicas e não representa riscos à população.

Fonte: G1