IBM volta a liderar lista de patentes nos EUA

A Siemens está a reforçar a sua liderança no campo da digitalização, ao ser a primeira empresa a nível mundial a criar Centros para Aplicações Digitais para o sector industrial. Neste momento, cerca de 900 software developers, especialistas em dados e engenheiros trabalham nestes centros com os clientes da Siemens, para desenvolver inovações digitais para a análise de dados e aprendizagem automática. Estas novas soluções estão a ser desenvolvidas na plataforma MindSphere, o sistema operativo aberto baseado na nuvem da Siemens para a Internet das Coisas (IoT).
Em 2017, a empresa reforçou a sua posição na área das soluções de software e serviços digitais. As receitas provenientes das tecnologias digitais, por exemplo, aumentaram para 5,2 mil milhões de euros. Isto corresponde a um aumento, ano após ano, de 20% e significa que a Siemens claramente superou a taxa de crescimento média do mercado que se situa nos 8%.
Há cerca de um ano a Siemens introduziu o seu sistema operativo MindSphere IoT em toda a empresa, e agora cerca de um milhão de dispositivos e sistemas estão conectados através desta plataforma, prevendo-se que até ao fim do exercício de 2018 este número aumente para 1,25 milhões.
Siemens Portugal aposta em ecossistemas laboratoriais de desenvolvimento
A Siemens Portugal tem focado os seus investimentos em inovação na criação de Laboratórios Aplicacionais e Centros de Experimentação, onde os seus profissionais se juntam a clientes, parceiros, alunos e investigadores com o objetivo de desenvolver novas tecnologias para as áreas da Indústria e das Infra-estruturas para edifícios e mobilidade, como a sinalização ferroviária.
Exemplo desta estratégia é o Building Automation Center, que a empresa desenvolveu na sua sede em Alfragide, e que consiste num laboratório para o desenvolvimento de novas soluções, aplicações e formação em gestão de edifícios e infra-estruturas inteligentes que possibilitam a simulação de ecossistemas, tais como os característicos do sector da saúde.
Outro exemplo são os I-Experience 4.0 Centers que a empresa está a desenvolver em Alfragide e Leiria. Estes centros tecnológicos de experimentação, que visam apoiar o desenvolvimento de projetos destinados à indústria, fazem parte da Academia Siemens 4.0, uma das medidas estratégicas apresentadas pelo Governo que resultaram da iniciativa Indústria 4.0.
“Os novos centros e laboratórios técnicos agora instalados são formados por equipas multidisciplinares de engenharia, potenciando a transformação digital através do desenvolvimento de aplicações juntamente com os nossos clientes” disse Pedro Pires de Miranda, CEO da Siemens em Portugal.
Siemens AG reforça investimento em inovação
Para acelerar ainda mais o processo de inovação, em 2018 o orçamento da Siemens para Investigação & Desenvolvimento (I&D) será reforçado com um investimento adicional de cerca de 450 milhões de euros. Assim, os investimentos em I&D aumentarão para mais de 5,6 mil milhões de euros.
Para o ano fiscal de 2018, a Siemens reservou cerca de 500 milhões de euros para investigar e desenvolver tecnologias vitais para a empresa, visando áreas de inovação como a manufatura aditiva, robótica autónoma, análise de dados, inteligência artificial, gémeos digitais e ainda eletrónica de potência e sistemas de energia distribuídos. No ano fiscal de 2017, a Siemens contava com cerca de 40 mil colaboradores de I&D em todo o mundo.
Segundo a própria empresa, estas novas invenções resultam do trabalho de “um grupo diversificado de mais de 8.500 investigadores, engenheiros, cientistas e designers da IBM de 47 estados diferentes dos EUA e ainda de 47 países em todo o mundo”.
“Nos últimos 25 anos, a liderança da IBM no registo de patentes mudou a forma como o mundo funciona hoje em dia com avanços críticos para esta era contemporânea da computação”, afirma a Presidente e CEO da IBM, Ginni Rometty. Quase metade das patentes da IBM dizem respeito a “avanços pioneiros em Inteligência Artificial (IA), Cloud Computing, Cibersegurança, Blockchain e Computação Quântica”.
Os investigadores da IBM registaram mais de 1.900 patentes só na área de cloud, incluindo uma tecnologia para o desenvolvimento de um sistema que usa dados não estruturados decorrentes de eventos mundiais ou locais por forma a prever as futuras necessidades de utilização da cloud.
Um outro conjunto de inovações pretende ajudar a resolver um dos limites atuais da IA: a falta de personalização. Este é um problema que, explica a IBM, tem “dificultado a forma como a IA se conecta com as pessoas”.
Os cientistas da IBM registaram, ainda, 1.200 patentes na área da cibersegurança, incluindo uma tecnologia que permite que os sistemas de IA façam frente aos hackers através de trocas de emails e interações em sites que esgotem os recursos e neutralizem os seus ataques.
Por fim, uma outra inovação patenteada pela IBM durante o último ano foi um método que “potencia a tecnologia blockchain ao reduzir o número de etapas envolvidas no processo de transações entre várias partes empresariais, mesmo aquelas que não são confiáveis e que, de outra forma, exigiram uma clarificação por parte de entidades terceiras”.
De salientar, ainda, que a Samsung Electronics foi a segunda empresa a registar mais patentes nos EUA (5.837), com a Canon em terceiro (3.285). A Intel Corp (3.023) e a LG Electronics (2.701) encerram o “top 5”.

Fonte: Bit Magazine