Inteligências artificiais são criticadas por artistas por violar direitos autorais

Seguindo a onda de polêmicas envolvendo inteligências artificiais que elaboram textos, imagens e até obras de arte, o debate sobre direitos autorais ganha força e é a motivação de alguns processos de artistas. As IAs alvos de discussões formais são AI Stable Diffusion (Stability AI), Midjourney (Midjourney) e DreamUp (DeviantArt).

As artistas Sarah Andersen, Kelly McKernan e Karla Ortiz defendem que milhões de artistas são violados com essas tecnologias, já que elas combinam um acervo gigantesco de obras para conseguir imitar um traço ou elaborar algo a partir de algoritmo. São mais de cinco bilhões de imagens arquivadas sem devida autorização dos detentores de direitos autorais.

O processo está sendo coordenado por escritório nos EUA, que também move ações contra a Microsoft, GitHub e OpenAI por causa da IA CoPilot, que também usa informações da web. Nos dois casos, a principal ideia é regulamentar as tecnologias e garantir que seja usada baseada em princípior éticos, respeitando a propriedade cultural, principalmente.

Esse tipo de ferramenta pode trazer danos para artistas e também o mercado de arte —por trazer competição ilegal e também por promover a falsificação de obras. Kelly McKernan cita que seu nome já foi utilizado para elaboração de artes no Midjourney e que já viu obras inspiradas em seu trabalho sendo vendidas e rendendo lucros.

No entanto, o conflito aumenta quando a argumentação aponta que os criadores de arte com ferramentas IA estão obtendo um resultado original, já que o algoritmo traz uma representação matemática de cada conteúdo e não a mera reprodução e, consequentemente, plágio. De qualquer forma, o debate, além de complexo, depende da legislação sobre direitos autorais de cada país.

Fonte: Tudo Celular Imagem: